O Departamento de Pediatria do Hospital de Santa Maria/CHLN,EPE considera a Melhoria da Qualidade como uma das suas prioridades.
Definimos a Qualidade em Saúde como a prestação de cuidados de saúde acessíveis e equitativos, com um nível profissional óptimo, com os recursos disponíveis e a adesão e satisfação das crianças e famílias.
Este processo envolve Ciclos de melhoria contínua da qualidade através da identificação sistemática de problemas e oportunidades com o objectivo de os solucionar ou melhorar, estabelecer padrões desejáveis e realistas, identificar e actuar sobre os pontos críticos, planear e implementar as mudanças, monitorizar e avaliar.
Uma cultura de qualidade, de segurança e de melhoria contínua adoptada pelos profissionais de saúde através de um processo de Acreditação aumenta a confiança do cidadãos nacional e estrangeiro e dos profissionais nas unidades de saúde.
Optámos, com o acordo do Conselho de Administração do HSM/CHLN,EPE pelo MODELO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO EM SAÚDE (69/2009, de 31 de Agosto) adoptado da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía – ACSA como modelo oficial para as Instituições do Serviço Nacional de Saúde.
Tem as seguintes características:
- Assenta em três pilares básicos: gestão por processos, gestão clínica e gestão das competências agregados em três grupos de standards;
- Avalia a integração desses processos bem como o grau de cumprimento dos acordos e gestão contratualizados;
- Exige a integração dos vários níveis de prestação de cuidados de saúde e a avaliação da efectividade das medidas tomadas através de um conjunto de indicadores;
- Valoriza, especialmente:
Os direitos dos cidadãos;
A segurança do doente e dos profissionais;
As competências profissionais e a formação continua acreditada;
A transparência e a ética na actuação e informação prestada;
Os requisitos de rigor técnico e científico na prestação dos cuidados de saúde;
Os resultados dos processos de saúde;
A percepção pelo doente dos cuidados de saúde que lhe são prestados.
METODOLOGIA
Este modelo baseia-se no conceito de auditoria interpares e apoia-se numa metodologia de autoavaliação que fomenta o trabalho em equipa e a partilha do conhecimento.
Dispõe de uma ferramenta informática, desenhada especificamente para este modelo, a qual serve de suporte a todos os processos de avaliação, permitindo aos avaliadores o acompanhamento de todo o processo, antes da visita de avaliação.
NIVEIS DE ACREDITAÇÃO
Numa perspectiva da melhoria contínua existem três níveis de acreditação, com complexidade e exigência progressiva.
DISTRIBUIÇÃO DOS STANDARDS POR GRUPOS: Os standards distribuem-se por três grupos de complexidade crescente. Permite à Unidade de Gestão Clínica que entra em programa de acreditação identificar como se posiciona face aos mesmos e decidir qual o nível de acreditação a que se propõe.
ESTRUTURA DO MANUAL DE STANDARDS:
Contempla cinco dimensões e cada uma inclui um conjunto de requisitos normativos que constituem o Manual de Standards para acreditação das Unidades de Gestão Clínica. Está estruturado em cinco blocos e onze critérios.
I – O cidadão, como centro do Sistema de Saúde: Utentes satisfação, participação e direitos; Acessibilidade e continuidade assistencial; Documentação clínica.
II – Organização da actividade centrada no utente: Gestão de planos e processos assistenciais integrados; Actividades de promoção da saúde e programas de saúde; Direcção da Unidade de Gestão Clínica.
III – Os profissionais: Os profissionais, desenvolvimento profissional e formação
IV – Processos de suporte: Estrutura, equipamento e fornecedores; Sistemas e tecnologias da informação e comunicação; Sistema da Qualidade
V – Resultados: Resultados da Unidade de Gestão Clínica
FASES DO PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO
Fase 1 – Preparação. Candidatura à acreditação e visita de apresentação.
Fase 2 – Enfoque Interno: Auto Avaliação
Fase 3 – Enfoque Externo: A Visita de Avaliação e Relatório
Fase 4 – Acompanhamento e colaboração entre a Unidade de gestão clínica e a equipa de Acreditação.